A ginecologia é a área da medicina que cuida da saúde da mulher durante toda a sua vida. É a especialidade que estuda, previne, diagnostica e trata doenças e/ou alterações relacionadas ao trato genital feminino, cuidando de toda a sua fisiologia. Além disso, a ginecologia tem um importante papel no autoconhecimento feminino e auxilia na compreensão e entendimento do funcionamento do seu corpo.
Por isso, a visita a um médico ginecologista deve ser considerada uma rotina para a mulher ao longo de toda sua vida.
É de suma importância um acompanhamento próximo com, pelo menos, uma consulta ao ano, para que seja feito um check-up geral de sua saúde e exames de rotina necessários para uma vida mais saudável, com qualidade e bem-estar. Dependendo da idade e condição da paciente, pode ser necessário um acompanhamento semestral.
É essencial que a mulher conheça o seu corpo e entenda os sinais que ele dá quando algo está diferente do habitual.
Alguns dos exames que podem ser solicitados na consulta de check-up feminino são:
Além disso, também podem ser solicitados exames laboratoriais, como: hemogramas, dosagem de colesterol, dosagem de glicecima e dosagem de vitaminas e da função hormonal.
A menstruação faz parte da fisiologia natural da mulher e, é importante ressaltar que seus sintomas se manifestam de formas diferentes em cada mulher. No entanto, existem alguns distúrbios que podem causar alterações anormais e devem ser discutidas com um médico ginecologista para entender qual a causa dessas alterações e as indicações de tratamentos. O sangramento uterino anormal é usado para nomear as alterações da menstruação, seja por um volume muito grande, por um período prolongado ou por um aumento na sua frequência. Essas alterações precisam ser tratadas pelo ginecologista, pois causam desconforto e tem impacto na vida social e psicológica da mulher.
A cólica menstrual, também chamada de dismenorreia, é a dor pélvica que ocorre alguns dias antes ou nos primeiros dias do período da menstruação. Na maioria dos casos, não se relaciona a uma doença ou a uma lesão dos órgãos pélvicos. É uma reação natural do organismo desencadeada por uma substância hormonal, a prostaglandina, que provoca contrações no útero . A dismenorreia é considerada primária quando ocorre nos primeiros ciclos após a primeira menstruação e vai diminuindo com o tempo.
A dismenorreia secundária, a cólica, ocorre por conta de algum distúrbio ginecológico e atinge metade das mulheres em idade fertil. Como há a possibilidade da causa da dor ser uma doença ginecológica, a consulta com ginecologista é de extrema importância, sendo necessária a investigação de doenças como endometriose, adenomiose e miomas. Nenhuma mulher precisa tolerar cólicas e dores pélvicas hoje em dia com tantos recursos diagnósticos e terapêuticos disponíveis.
A síndrome do ovário policístico é o distúrbio endocrinológico mais frequente na mulher. É uma condição clínica que advém de disfunções endócrinas que podem afetar mulheres em idade reprodutiva. As principais características dessa doença são os ciclos anovulatórios e irregulares, tendo como queixa a ausência da menstruação por longos períodos e dificuldade reprodutiva, pela presença de hiperandrogenismo, que se revela como acne e aumento de pelos no corpo. E também pela presença ou não de múltiplos cistos nos ovários na imagem ultrassonográfica. As pacientes também podem cursar com resistência insulínica e distúrbios metabólicos, como obesidade e diabetes
Elas acontecem quando o órgão genital feminino é exposto a algum tipo de microorganismo que causa infecção. Algumas das mais comuns são: infecção urinária, contaminação por HPV, herpes genital e outras doenças sexualmente transmissíveis. Infecções vaginais comuns como candidíase e vaginose bacteriana podem levar a corrimentos, uma queixa comum entre as pacientes.
A Tensão Pré-Menstrual (TPM) é caracterizada por um conjunto de sintomas físicos, emocionais e até mesmo comportamentais, que se manifestam de diferentes formas no corpo de cada mulher. Os sintomas ocorrem, de maneira cíclica, na fase lútea e são aliviados, geralmente, no início do fluxo.
O pólipo uterino pode ser caracterizado como crescimento anormal do tecido endometrial, que pode causar cólicas intensas, alteração no fluxo e ciclo menstrual e, até mesmo dificuldades para engravidar. Pode ser identificado em ultrassons tranvaginais, histeroscopias diagnosticas e seu tratamento é feito por e histeroscopia cirúrgica.
O mioma uterino é um tumor benigno que cresce na região pélvica e surge, geralmente, na idade fértil da mulher. Muitas vezes, ele só é descoberto em exames de imagem, uma vez que pode ser assintomático. No entanto, quando há sintomas, ele pode causar pressão e dor pélvica, sangramento uterino anormal e possivelmente dificuldades para engravidar.
Os cistos ovarianos são formações já preenchidas por líquido ou por uma substância semi-sólida, ao redor ou dentro do ovário da mulher e pode ou não ser sintomático, podendo afetar mulheres em todas as idades. Quando há sintoma, é possível que a mulher sinta dores na região, dificuldade para engravidar ou sofra atraso na menstruação.
*Os vídeos dessa página são de caráter informativo e não há nenhuma questão de conflito de interesse com laboratórios.
A candidíase que é causada pela candida albicans, um fungo que habita a flora vaginal mas que, em situações de desequilíbrio, leva aos sintomas de irritação da vulva, coceira e corrimento.
Muitas mulheres imaginam que o tratamento para a SOP é apenas o uso de anticoncepcionais orais. Mas só após a consulta com ginecologista é que estabelecemos e decidimos, juntas, qual o melhor tratamento para você, que muitas vezes não é a pílula. Mas para todas as pacientes, a unanimidade, é mudança de estilo de vida.
Pelo menos uma vez ao ano. Mas, em alguns casos, dependendo do tratamento que a paciente está realizando, o acompanhamento precisa ser mais frequente.
Depende também da sua faixa etária, mas para a grande maioria das pacientes, os exames requeridos são: papanicolau, colposcopia, ultrassom transvaginal, ultrassom de mamas, da tireoide, mamografia (a partir dos 40 anos, mas dependendo da paciente deve ser solicitada antes) densitometria óssea (pacientes menopausadas), avaliação da função hormonal, sorologias, avaliação do colesterol e da glicemia.
Não. TODA mulher e menina com queixa de dor pélvica e cólica deve e merece ser investigada. Dores incapacitantes tiram a qualidade de vida, atrapalham o convívio social, interferem no relacionamento conjugal e na vida sexual. Doenças como a endometriose, além de causarem cólicas, podem dar dor na relação sexual (dispareunia) e dor para evacuar, não permitindo uma vida feliz.
Sou médica ginecologista formada pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas. Fiz residência em Ginecologia e Obstetrícia e também de Medicina Fetal na Santa Casa de São Paulo.
Entendo que um cuidado completo vai muito além do consultório. Por isso, busco mostrar para minhas pacientes que elas podem contar comigo durante toda sua trajetória, dentro e fora de sala. Quero ser para elas uma médica amiga que ampara, respeita as escolhas, ajuda no processo de autoconhecimento e amor próprio e mostra que ela é um ser humano livre e poderoso que tem todo domínio sobre suas escolhas.
Esse conteúdo tem caráter meramente educativo e não substitui uma consulta médica.
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